segunda-feira, 31 de outubro de 2011
domingo, 30 de outubro de 2011
Se voltar
quarta-feira, 26 de outubro de 2011
Um cigarro e uma xícara de chá de Boldo
Cansado, cansado. Quase não dormi. E não consigo tirar você da cabeça. Estou te escrevendo porque não consigo tirar você da cabeça. Hesito em dizer qualquer coisa tipo me-perdoe ou qualquer coisa assim. Mas quero te contar umas coisas. Mesmo que a gente não se veja mais. Penso em você, penso em você com força e carinho. Axé.
Foi mau, ontem. Fui mau, também. Menos com você, mais comigo mesmo. Depois não consegui dormir. Me bati pela casa até quase oito da manhã. Teria telefonado para você, não fosse tão inconveniente. Acabei ligando para Grace, pedi paciência, chorei, contei, ouvi.
Não era nada com você. Ou quase nada. Estou tão desintegrado. Atravessei o resto da noite encarando minha desintegração. Joguei sobre você tantos medos, tanta coisa travada, tanto medo de rejeição, tanta dor. Difícil explicar. Muitas coisas duras por dentro. Farpas. Uma pressa, uma urgência.E uma compulsão horrível de quebrar imediatamente qualquer relação bonita que mal comece a acontecer. Destruir antes que cresça. Com requintes, com sofreguidão, com textos que me vêm prontos e faces que se sobrepõem às outras. Para que não me firam, minto. E tomo a providência cuidadosa de eu mesmo me ferir, sem prestar atenção se estou ferindo o outro também. Não queria fazer mal a você. Não queria que você chorasse. Não queria cobrar absolutamente nada. Por que o Zen de repente escapa e se transforma em Sem? Sem que se consiga controlar.
Te escrevo com um cigarro aceso e uma xícara de chá de boldo (...).
Caio Fernando Abreu
terça-feira, 25 de outubro de 2011
Lágrimas
Tantos Sonhos
Tantos Erros
Era Cedo
Foi Tão Simples
Me Pergunto
Nesse Jogo
Quem Saiu Perdendo
Não Procure Lágrimas
No Meu Olhar
Eu Não Vou Perguntar
O Que Aconteceu
Seus Olhos
Dizem Tudo
O Que Eu Preciso Ouvir
Mas Não Vejo Em Você
O Que Esta Em Mim
Mil Desejos, Fantasias
Segredos, Sentimentos
Perdidos No Tempo
As Lembranças,
Os Momentos
E As Lágrimas Chorando
Ao Vento
Lágrimas
Victor & Léo
quarta-feira, 19 de outubro de 2011
Abre a porta
Ela liga para ele, as 03:00 da manhã, depois de acordar chorando …
ELE: Alô?
ELA: Ei.
ELE: O que aconteceu?...
ELA: ... Nada não … É que eu tive um pesadelo e…
ELE: E …?
ELA: E acordei chorando. E decidi te ligar.
ELE: Tá tudo bem, amor?
(ela demora para responder, afinal, ainda estava pensando em seu sonho)
ELA: Tá… Tá tudo bem sim.
ELE: Hum…
(ela escuta um barulho, e fica com medo)
ELA: Amor…
ELE: Fala, princesa.
ELA: Tô com medo. Que merda. Que coisa mais infantil.
(ele ri, fazendo-a se distrair e rir também) Passam dez minutos conversando, de repente ela escuta alguém bater na porta.
ELA: Amor, tem alguém aqui, vou desligar.
ELE: Ei, espera.
ELA: O que foi?
ELE: Abre a porta pra mim?
ELA: O que você tá fazendo aqui?
ELE: Não disse que tava com medo? Então, vim dormir com você, e te proteger, bobinha.
(ela fica vermelha)
ELA: Idiota.
ELE: Linda.
ELA: Besta.
ELE: Ei amor.
ELA: O que foi?
ELE: Abre a porta… Tá frio aqui fora sem você".
sexta-feira, 14 de outubro de 2011
Desejo Você
É esse cheiro da terra molhada, de alma lavada que me fazem querer ficar cada vez mais perto de você.
Sinto saudades do que ainda não vivemos, desejo beijo que nunca trocamos e espero por carinhos que apenas sinto em pensamentos.
Você o tempo todo aqui nos meus pensamentos. Nos meus desejos. Me deixando louca.
O tempo esta passando lentamente e parece que o dia de ver você nunca vai chegar.
Imagino você falando baixinho no meu ouvido, me chamando de sua. Me enlouquecendo de tanto te querer.
Fecho os olhos e posso sentir você aqui bem pertinho, beijando o cantinho da minha boca, fechando meus olhos com seu desejo.
Matar nossos desejos. Dormir e acordar nos seus braços. Ser sua mesmo que seja só por uma noite. Quero você!
terça-feira, 11 de outubro de 2011
Dolorido, mas, não insuportável.
domingo, 9 de outubro de 2011
Fragmentos disso que chamamos de "minha vida"
Há alguns anos. Deus — ou isso que chamamos assim, tão descuidadamente, de Deus —, enviou-me certo presente ambíguo: uma possibilidade de amor. Ou disso que chamamos, também com descuido e alguma pressa, de amor. E você sabe a que me refiro.
Antes que pudesse me assustar e, depois do susto, hesitar entre ir ou não ir, querer ou não querer — eu já estava lá dentro. E estar dentro daquilo era bom. Não me entenda mal — não aconteceu qualquer intimidade dessas que você certamente imagina. Na verdade, não aconteceu quase nada. Dois ou três almoços, uns silêncios. Fragmentos disso que chamamos, com aquele mesmo descuido, de "minha vida". Outros fragmentos, daquela "outra vida". De repente cruzadas ali, por puro mistério, sobre as toalhas brancas e os copos de vinho ou água, entre casquinhas de pão e cinzeiros cheios que os garçons rapidamente esvaziavam para que nos sentíssemos limpos. E nos sentíamos.
Por trás do que acontecia, eu redescobria magias sem susto algum. E de repente me sentia protegido, você sabe como: a vida toda, esses pedacinhos desconexos, se armavam de outro jeito, fazendo sentido. Nada de mal me aconteceria, tinha certeza, enquanto estivesse dentro do campo magnético daquela outra pessoa. Os olhos da outra pessoa me olhavam e me reconheciam como outra pessoa, e suavemente faziam perguntas, investigavam terrenos: ah você não come açúcar, ah você não bebe uísque, ah você é do signo de Libra. Traçando esboços, os dois. Tateando traços difusos, vagas promessas.
Nunca mais sair do centro daquele espaço para as duras ruas anônimas. Nunca mais sair daquele colo quente que é ter uma face para outra pessoa que também tem uma face para você, no meio da tralha desimportante e sem rosto de cada dia atravancando o coração. Mas no quarto, quinto dia, um trecho obsessivo do conto de Clarice Lispector "Tentação" na cabeça estonteada de encanto: "Mas ambos estavam comprometidos.
Era isso — aquela outra vida, inesperadamente misturada à minha, olhando a minha opaca vida com os mesmos olhos atentos com que eu a olhava: uma pequena epifania. Em seguida vieram o tempo, a distância, a poeira soprando. Mas eu trouxe de lá a memória de qualquer coisa macia que tem me alimentado nestes dias seguintes de ausência e fome. Sobretudo à noite, aos domingos. Recuperei um jeito de fumar olhando para trás das janelas, vendo o que ninguém veria.
Atrás das janelas, retomo esse momento de mel e sangue que Deus colocou tão rápido, e com tanta delicadeza, frente aos meus olhos há tanto tempo incapazes de ver: uma possibilidade de amor. Curvo a cabeça, agradecido. E se estendo a mão, no meio da poeira de dentro de mim, posso tocar também em outra coisa. Essa pequena epifania.
* Caio Fernando Abreu
já vai fazer três anos que eu conheci o significado de uma Pequena Epifania.
quarta-feira, 5 de outubro de 2011
terça-feira, 4 de outubro de 2011
Pensei que fosse fácil
Eu que esperava que alguma coisa pudesse acontecer. Ah sei lá, algo novo, uma nova atitude.
Mas os dias estão passando e tudo esta ficando na mesma. Até parece que os dias são todos iguais quando não posso olhar em seus olhos e sentir seu perfume.
Tanto faz como tanto fez se o relógio movimenta rapidamente os ponteiros, na medida em que as horas estão correndo, eu estou ficando cada vez mais aqui, eu comigo mesma.
Já não sei mais o que pode ser diferente, só sei que ainda te espero. Penso todos os dias em uma forma de reconquistar você, mas pera lá, como reconquistar o que eu nunca conquistei. Então posso reformular essa frase e dizer que todos os dias eu busco uma forma de conquistar você. Mas não sei, não sei se sou eu ou você, sinto, percebo que a cada dia que amanhece estamos mais e mais longe. Você no seu complexo e abarrotado mundo e eu aqui no meu simples, triste mas não menos complexo que o seu.
Eu pensei que fosse fácil de esquecer uma paixão, e acabei descobrindo o quanto é difícil dominar o coração. São lembranças, momentos que marcaram a alma e o coração, coisas simples, mas não menos importante e que juro, são impossíveis de não lembrar.
Lembro o tempo todo do beijo na boca, do cheiro da pele, de tudo o que foi dito no calor da cama. Eu só não quero pensar que tudo pode ter acabado, prefiro ficar com o doce sabor da recordação dos momentos de paixão, fogo e tesão que juntos tivemos.
domingo, 2 de outubro de 2011
Turbilhão de emoções
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